quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Açores - Ribeira Grande - 500 Anos



E foi mesmo uma festa, uma grande e bonita festa!


Ribeira Grande é, actualmente e desde 29 de Junho de 1981, cidade. Cidade do Norte da ilha de S. Miguel, a principal das 9 que formam o Arquipélago dos Açores.
A 4 de Agosto de 1507, por carta Foral de D. Manuel I, é elevada à categoria de vila.
De 28 de Julho a 4 de Agosto foi a festa. A primeira festa a sério divulgando a efeméride.
De 1576 (pimeiro registo) até 2001 (registo mais recente) a população do concelho passou de 3.534 para 28.476 habitantes que é actualmente constituído por 14 freguesias.
A festa anual do concelho da Ribeira Grande é a 29 de Junho (feriado municipal) durante esse dia decorrem as "Cavalhadas" de S. Pedro.
Mas voltemos à Festa do Foral. Vestidos, palamentados e decorados, os cidadãos, os espaços e muitas casas, deram ao centro da cidade, um aspecto diferente que nos fez recuar no tempo, de uma forma viva, simpática, cultural com muita, muita participação e excelente ambiente.
Vale e pena reflectir sobre estes exemplos. A cultura também passa por estes eventos. Eles fazem despertar para coisas e vivências que têm a ver com a identidade, o saber quem fomos para melhor podermos saber o que queremos ser.
Complementarmente, alguns cidadãos não se limitaram a visitar a festa, a assistir ao julgamento teatralizado de um casal que tinha dado utilidade às "partes fodengas" antes do casamento e, após este ficarem impedidos de "fornicar" durante 40 dias e 40 noites ou ainda, aos cantares e músicas medievais de um agrupamento italiano, de Asti. Não senhor.
Caminharam até S. Brás, abancaram no "Cantinho do Cais" do amigo Jorge, despacharam a sopa de peixe, mamaram o polvo com batata em molho de vinho de cheiro e arrumaram a coisa com uma soberba caldeirada de peixe fresco e pão torrado ensopado no molho. O tinto bebido comedidamente que a carta faz falta e nada justifica estragar-se tão lauta e saboreada degustação. Mas não ficaram por aqui.
Rumaram à Ribeira Grande e, depois da festa, até casa de DOC. A sua filhota Inês, fez a profissão de fé. Voltaram a abancar e banquetearam-se com umas guloseimas caseiras, um copo de água para disfarçar e um Porto. A noite estava agradável e o serão terminou em paz e de barriga bem cheia. Alarves!
Parabéns Ribeira Grande, pelo foral, pelos 500 anos, pela festa, por tudo!

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